Você é fotógrafo e passa a maior parte do tempo preocupado em manter o seu negócio sustentável, mas não sabe direito como fazer gestão financeira? Pois saiba que essa parte “chata” do trabalho deve ser feita com muito carinho se você quiser ver o sucesso de mãos dadas com a estabilidade financeira batendo à sua porta.
A estabilidade da parte das finanças é um pré-requisito básico para que você se mantenha criativo. Nada pior do que não dormir direito a noite porque uma conta está por vencer e ainda ter que fazer aquele super ensaio no outro dia. É praticamente impossível ficar motivado e “pilhado” para trabalhar artisticamente nessas condições.
A fotografia independente pode ter muitas variáveis nas demandas, como valores dos pacotes, sazonalidade, manutenção de equipamentos, variação de preço dos fornecedores, eventos, congressos, treinamentos e outras. Por isso, é muito fácil deixar de lado um controle mais rigoroso dos números e registros — mas esse é um erro que deve ser contornado se você quiser manter a saúde financeira do seu negócio.
Para te ajudar a organizar as contas, trouxemos aqui algumas medidas simples, mas que podem fazer muita diferença. Vamos lá?
Aprenda a precificar o seu serviço
Afinal, quanto vale a sua foto? Essa é a pergunta que não quer calar! Ok, determinar um preço para qualquer trabalho pode ser complicado, mas a primeira coisa que se deve levar em conta é o seu valor: aquilo que as pessoas percebem de você e do seu produto. Isso é diferente de preço.
É importante distinguir essas coisas. A percepção de valor do cliente em relação ao preço que você atribui ao trabalho pode variar muito. O preço é X, mas alguns clientes podem entender que estão levando um produto barato se comparado à qualidade do resultado, e vice-versa. Portanto, o valor conta muito — é o fator determinante, na verdade.
Para simplificar as coisas, você pode fixar um preço com base nos seus custos, e somar a isso uma porcentagem para a sua margem de lucro. Vale lembrar que isso varia muito de fotógrafo para fotógrafo, já que os fatores que influenciam os custos são muitos. Essa é uma forma simples de precificar, mas que pode ser eficiente.
Uma dica pessoal e que é bastante usual no meio da fotografia: “Se você não tem muito controle e quer saber que está ganhando alguma coisa, precifique em 100%”. De maneira prática, se você não tem controle nenhum hoje sobre os seus custos, multiplique os valores que você possui por dois e venda dessa maneira. Essa é a melhor forma? Definitivamente não, mas é um começo. Um exemplo: Se você pagar R$200,00 em um álbum a ideia (usando essa lógica) é que você o venda por R$400,00.
O Gustavo gravou um vídeo muito legal que complementa esse primeiro tópico e que pode ser conferido no link abaixo:
Gostou do vídeo? Quer saber como aumentar a percepção de valor das pessoas para com o seu trabalho? Então assiste esse aqui também:
Não deixe as despesas ultrapassarem as receitas
Aqui mora o grande desafio de segurar as despesas para que elas não engulam as receitas — o que, muitas vezes, acontece pela falta de tempo e dificuldade para cuidar dos recursos financeiros sabiamente. Esse é um grande problema que quebra muitas empresas.
Para driblar esse obstáculo, reserve algum tempo todos os dias só para registrar as entradas e saídas, monitorar as contas bancárias, projetar receitas e despesas mensais, pagar contas, fazer movimentações etc. Outra atitude fundamental é saber separar a sua conta pessoal da conta da empresa: nunca misture as duas. Do contrário, você perderá facilmente o seu controle financeiro.
Não se esqueça de que o negócio precisa ser sustentável, e para que isso seja possível é necessário subtrair das receitas todas as despesas operacionais, inclusive o seu pró-labore. A sobrevivência da empresa depende de um dinheiro em caixa, não apenas para os custos atuais, mas para o futuro, para investimentos e manutenção. Com isso, fica mais fácil administrar os lucros e manter a sua saúde financeira.
Quer complementar essa parte também? Eu sei que sim! hahahahah
Vai então um vídeo sobre reserva de dinheiro, quer saber o que é e como funciona?
Utilize ferramentas de apoio
Fazer um bom controle de caixa pode ser trabalhoso e requer disciplina, mas não desanime! Para isso existem instrumentos de apoio, recursos como planilhas, softwares, cadernos ou aplicativos. Qualquer um deles pode ser útil, o que importa é adotar alguma ferramenta.
Obviamente o Fotologia já abordou esse assunto no canal, dá uma olhadinha no vídeo em que o Gustavo mostra e disponibiliza uma planilha super simples de Fluxo de Caixa pra você:
Os registros devem ser constantes. Cada valor tem a sua finalidade, por isso, é preciso separar custos fixos de custos variáveis e lucros. Você pode reunir as entradas e saídas previstas para o ano todo — de janeiro a dezembro — em uma única planilha, por exemplo.
A maior dica, no entanto, é adotar um software de gestão financeira. Assim você ganha tempo e tudo fica mais prático e ágil, porque as informações ficam centralizadas em um só lugar, de fácil acesso. Isso permite que você se dedique aos seus cliques com mais tranquilidade, sem correr o risco de perder o controle das finanças.
Enfim, entender como fazer gestão financeira é um caminho seguro para tornar o seu negócio rentável. Como vimos, com o devido controle dos gastos e a captação das receitas de maneira constante você atingirá a estabilidade de que precisa, e o merecido sucesso como fotógrafo!
Os seus negócios estão a todo vapor? Para turbinar ainda mais a sua produtividade, confira também estes 4 aplicativos para aumentar a produtividade dos fotógrafos!